sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Va ao Teatro


Jornal O Globo dia 08 de setembro de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

julia Spadaccini e Jorge Caetano - FORUM VIRTUAL DE LITERATURA E TEATRO


FORUM VIRTUAL DE LITERATURA E TEATRO

ENTEVISTA CEDIDA POR E-MAIL POR JULIA SPADACCINI.
( 30/09/2007)
POR JULIANA PAMPLONA


Juliana – Você trabalha com um grupo fixo, uma companhia de teatro?

Júlia - Trabalho como dramaturga da "Cia Casa De Jorge”. estamos desenvolvendo um trabalho bem interessante a partir da dramaturgia. Estaremos em cartaz no Teatro das Artes a partir do dia 21 de maio com a peça “Não Vamos Falar Sobre Isso Agora”.

Juliana – De que modo o seu trabalho de diretora interfere na sua dramaturgia e vice-versa?

Júlia - Só dirigi uma peça minha. O gostoso de dirigir é poder colocar em prática minhas idéias sobre a atmosfera do texto, mas sei que direção não pode ser só isso. Você precisa também ter um olhar mais funcional, um olhar que ultrapassa o pensamento e vai para a realidade. Eu não sei fazer isso. Sou subjetiva até o último fio de cabelo. Se dirigir as minhas peças, elas terão uma over dose do meu próprio olhar e talvez fiquem chatas. Acho que eu mesma enjôo e fico catando os defeitos no meio do ensaio. Começo a trazer textos novos, mudar tudo e isso é péssimo. O negócio é fazer uma boa parceria. Não posso reclamar de nenhum diretor, pois tive sorte em ser bem traduzida para a cena. Acabei de ter uma peça dirigida (“Não Vamos Falar Sobre Isso Agora”) por um artista muito especial, o diretor Jorge Caetano. Não é questão somente de talento, apesar de o Jorge ser um artista brilhante, acho que é mais a coisa da sintonia. Estamos exatamente na mesma freqüência criativa. Falando a mesma língua. Isso é único. A direção do Jorge é um abraço na minha alma.

Juliana – Quais as suas principais referências e interlocutores como dramaturga?

Júlia
- O meu olhar passeia o dia todo buscando referências. Os amigos, o jornaleiro, o analista, o trocador etc... Eu tenho a síndrome do agora. Quero falar do comportamento humano em 2008. Sou formada em artes cênicas e psicologia. Trabalhei durante quatro anos numa clínica psiquiátrica. Esse universo comportamental é o meu interesse. Os meandros da psiqué. Vou de Jung à Clarice Lispector nas referências literárias, passando por Capra, Mário Quintana, Lagarce, Borges, Dostoiévski, Monteiro Lobato e tudo o mais que me encha de reflexões. Meus interlocutores são todos aqueles que através da arte tentam desvendar os mistérios da alma... então, são muitos...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

POCILGA - de PASOLINI











POCILGA de Pier Paolo Pasolini
Direção: Alessandra Vannucci

Inédito no teatro brasileiro, texto aborda com humor sarcástico desvarios do poder.

Teatro Maria Clara Machado, no Planetário da Gávea - 2006

Corria o ano de 1996 quando a dramaturga, escritora e diretora italiana Alessandra Vannucci aterrissava pela primeira vez no Rio de Janeiro para trabalhar com teatro. Formada em dramaturgia pela Universidade de Bolonha, aqui tornou-se mestre em teatro pela Uni-Rio e doutora em letras pela PUC-RJ, escreveu e lançou os livros Uma amizade revelada - Correspondência entre o Imperador Dom Pedro II e Adelaide Ristori, a maior atriz de sua época (Biblioteca Nacional) e Critica da razão teatral - O teatro brasileiro visto por Ruggero Jacobbi (Ed. Perspectiva), além de ter dirigido seis espetáculos, como Ruzante, de Angelo Beolco (2002), Ludwig e as irmãs, de Thomas Bernhardt (2003) e A descoberta das Américas, de Dario Fo (2005), que rendeu o Prêmio Shell de Melhor Ator para Julio Adrião.

Sempre à vontade na pesquisa da linguagem teatral, Alessandra Vannucci está de volta ao teatro do Rio em duas frentes: primeiro com a temporada de A descoberta das Américas, de Dario Fo, que reestréia dia 10 na Caixa Cultural, no Centro, e em seguida com Pocilga, de Píer Paolo Pasolini (1922-1975), primeira adaptação para os palcos brasileiros deste texto e sétima montagem teatral da diretora genovesa, que estréia dia 11 no Teatro Maria Clara Machado, no Planetário da Gávea. As sessões serão às quartas e quintas-feiras, às 21h, até 9 de novembro.
A montagem é uma realização da leões de circo pequenos empreendimentos, associação entre Alessandra, o ator e diretor Julio Adrião (que ganhou o Prêmio Shell de Melhor Ator 2005 por A descoberta das Américas) e o dramaturgo e também diretor Sidnei Cruz. Estão no elenco de Pocilga os atores Erom Cordeiro, Fernanda Azevedo, Isabella Lomez, Jorge Caetano, Renato Carrera e Rodolfo Mesquita. O cenário é de Sergio Marimba, figurinos de Ticiana Passos, caracterização de Mona Magalhães, iluminação de Luiz André Alvim e trilha sonora original do compositor Paolo Vivaldi, músico contemporâneo da Itália.

terça-feira, 1 de junho de 2010

sexta-feira, 28 de maio de 2010

1° RIOCENACONTEMPORANEA - Festival Internacional de Teatro - 1996


http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=3459

domingo, 23 de maio de 2010

sábado, 8 de maio de 2010

Os Estonianos em Três Rios

Espetáculo Os Estonianos em Três Rios neste sábado

O Sesc de Três Rios recebe o espetáculo "Os Estonianos" neste sábado, 24, às 20h. A trama apresenta o cotidiano de cinco personagens através de diálogos e imagens conjuntas, como em um vídeo clipe. Os ingressos custam R$ 3 (comerciários), R$ 6 (meia) e R$ 12 (inteira). A classificação é de 12 anos. Mais informações pelo telefone 2252-0158.

Sinopse: a história mostra o drama diário de cinco personagens diferentes, cada um representando um aspecto da solidão. Pedro enfrenta uma crise sem precedentes. Marília, sua esposa, é psiquiatra e tenta controlar a crise do marido. Já Fred, um economista amigo do casal, desenvolve uma paranóia ao notar que é observado por câmeras no trabalho. Suely é uma garçonete infeliz que faz entregas. E Lívia é moça solitária que vive frequentando terapias de grupo. Os personagens se encontram e formam um quadro da realidade contemporânea dos jovens na faixa dos 30 anos.

Os Estonianos em Campos

05/Abr/2010

Teatro do Sesc, em Campos, apresenta "Os Estonianos"

Peça estará em cartaz na próxima sexta-feira, a partir das 20 horas

Foto: Divulgação

A peça “Os Estonianos” estará em cartaz no teatro do Sesc, em Campos, na próxima sexta-feira (dia nove de abril), às 20 horas. Os ingressos custam R$ 12. Estudantes e idosos pagam R$ 6. Comerciários podem comprar ingresso a R$ 3.

O espetáculo é formado por cinco personagens, que se encontram, todos, em uma situação limite. Predomina na montagem uma atmosfera de desespero. O drama diário desses personagens é apresentado em diálogos e também imagens conjuntas, como num vídeo clipe, dando a impressão de uma grande teia incômoda que liga cada um deles. Cada figura da história trás uma solidão vista de forma diferente.

A peça tem como protagonista um jornalista chamado Pedro (Jorge Caetano) que enfrenta uma crise sem precedentes. Apesar do incômodo gerado, o personagem não sabe verbalizar para as pessoas a sua volta sobre o que se passa. Pedro tenta se explicar e tem que lidar com a solidão dessa transição sem volta. Marília (Ana kutner), mulher de Pedro, é psiquiatra e tenta de forma reducionista controlar a crise de Pedro lhe dizendo que ele está passando por uma crise de ansiedade generalizada.

Por sua vez, Fred (Pedro Henrique Monteiro), melhor amigo de Pedro, é um economista que começa a desenvolver uma paranoia constante quando percebe que no prédio onde trabalha há 42 câmeras que controlam os funcionários. Fred começa a achar que pelas câmeras os seus superiores verão que ele está infeliz no trabalho e resolve fazer curso de interpretação para TV, para que ele consiga interpretar um sujeito feliz durante oito horas diárias e, assim, manter seu emprego.

Fred é economista e vê sua vida se afastar completamente de seus próprios desejos. Para lidar com a situação, começa a se corresponder pela internet com um estoniano e acaba por se encantar com a longínqua Estônia. Logo, Fred planeja uma mudança radical ao se programar para sair de sua terra e mudar-se para o exótico país.

O Sesc Campos fica na Rua Alberto Torres, 397. Os telefones são (22) 2725-1209 e 2725-1210

Tags: Sesc Os Estonianos Teatro do Sesc Campos



sábado, 1 de maio de 2010

Teatro: grupos jovens promovem mudanças a cada sessão


Teatro: grupos jovens promovem mudanças a cada sessão

Daniel Schenker *, Jornal do Brasil

RIO - Quando se observa o destemido caminho traçado por diversas companhias fundadas recentemente por diretores e atores em início de carreira, no Rio, percebe-se que a sabida necessidade juvenil em se opor à ordem instituída não se reduz a uma inconsistente tomada de posição.

Os grupos, que começam a se impor no panorama teatral da cidade, vêm mostrando interessantes trabalhos em processo, alguns propositalmente ainda inacabados.

A idéia é criar estruturas abertas na relação com o espectador e incluir o acaso como elemento de transformação da cena. O teatro é ressaltado como manifestação conectada ao presente, ao instante imediato da apresentação.

É o diagnóstico que pode ser detectado, por exemplo, no coletivo Pequena Orquestra, que entra em cartaz nesta quinta-feira, no Teatro Glaucio Gil, em Copacabana, com Madrigal em processo, formulado a partir de duas referências: o filme Blow up, de Michelangelo Antonioni, e o livro A invenção de Morel, de Adolpho Bioy Casares.

– Para o entendimento do público, o trabalho nunca deixará de ser visto como processo. Experimentamos cenas diferentes todas as noites – conta Rodrigo Nogueira, um dos 10 integrantes do coletivo, que não é conduzido pela figura de um diretor.

Variações a cada noite

À frente da Cia. de Teatro das Inutilezas, Emanuel Aragão também caminha na contramão de uma concepção cristalizada. Tanto que vem investindo numa desconstrução da peça Um homem e três janelas, que, após ser apresentada em ensaio aberto no ano passado, chega dia 13 ao Centro Cultural da Justiça Federal.

– Antes havia uma organização mais fechada. Agora o texto existe como sugestão. Cada atriz tem uma seqüência de ações para realizar. Mas variações são admitidas. Busco uma estrutura porosa – sublinha Emanuel, que concebeu este trabalho a partir da perspectiva da memória, da reinvenção do passado no presente.

Duas companhias jovens – a Teatro Independente e a Pangéia – ambas vencedoras do Edital de Teatro da secretaria estadual de Cultura, estão com novos projetos. A primeira, elogiada pelo resultado alcançado com Cachorro!, investirá em Rebu, centrado na história de um casal que decide levar um bode para casa.

Como o espetáculo anterior, o texto será assinado pelo elogiado dramaturgo Jô Bilac.

– Gosto do que desvirtua, causa estranhamento e propõe uma quebra na narrativa linear – enumera o diretor Vinicius Arneiro.

A iniciativa da Pangéia é partir para a segunda parte da trilogia iniciada com Passagens. Trata-se de A casa, que vai abordar relações na instância privada sob a influência de um artigo do psicanalista Charles Melman, A família está acabando.

– O contato entre as pessoas é cada vez mais escasso. Se antes o virtual existia no plano da imaginação, nesse momento toma outra proporção – assinala o diretor Diego de Angeli, que retoma a temporada de Passagens, em abril, no Centro Cultural da Justiça Federal, e estréia A casa, no mesmo teatro, em outubro.

Melman vai influenciar ainda a próxima montagem da Cia. Casa de Jorge. O diretor Jorge Caetano planeja a encenação de O céu está vazio a partir de um estudo do psicanalista, chamado O homem sem gravidade.

– Com essa expressão, o autor se refere à falta de fé dos tempos atuais, à falta de chão afetivo. Melman diz que estamos passando de uma sociedade neurótica para uma perversa, na qual o foco é o voyeurismo – explica Caetano.

A inspiração na obra alheia também move o diretor da Aquela Companhia, Marco André Nunes. O que não significa que ele abra mão de produzir uma dramaturgia própria. Depois de Kafka, Goethe e Herman Hesse, vai investigar o James Joyce de Retrato de um artista quando jovem, obra que servirá de fonte de ponto de partida para Pedro Kosovski, membro do grupo, escrever o texto.

– Há uma tentativa de sobrevivência do artista que passa pela necessidade de agradar. Mas, às vezes, o pensamento crítico tende a despertar reações extremadas no público – observa Nunes.

Joelson Gusson, da Cia. Dragão Voador, é outro diretor que saiu à cata de embasamento para a realização de Manifesto ciborgue – no caso, o artigo de título homônimo de Donna Haraway.

– Quando passei a dirigir, quis investir em montagens geradas por conceitos em vez de contar histórias. Em Manifesto ciborgue, procurei focar em algumas perguntas. Como lidamos com o nosso corpo e o corpo do outro? Diante da certeza da inevitabilidade da morte, como administrar a necessidade de não deixar o tempo passar e o corpo envelhecer? – questiona Gusson, que já assinou as encenações de As criadas, de Jean Genet, e O que nos resta é o silêncio.

O Teatro de Nós, grupo formado na UniRio, mergulhou no universo de Woody Allen. O processo passou pela leitura de (e sobre) suas obras e por sessões de vídeos de todos os filmes do diretor para que se esmiuçasse a delicada fronteira entre autor e personagem.

– A pessoa sabe que é fruto de um ser maior (o criador?) que pode destruí-la a qualquer momento. Mas bola para frente. Afinal, a vida é assim – resume o diretor Diego Molina.

– É essa a proposta do trabalho.

* Especial para o Jornal do Brasil

terça-feira, 16 de março de 2010

OS ESTONIANOS Por Herbert Bastos

20/11/2008
Difícil descrever o que senti logo depois que assisti Os Estonianos, escrito por Julia Spadaccini. Era um misto de leveza do corpo e purificação da alma, não sei explicar. Como se pela primeira vez eu tivesse sentindo algo que nenhuma peça de teatro tenha me proporcionado, uma reflexão total sobre mim mesmo e sobre a maneira que me relaciono com o outro, com o que a Elisa Lucinda chama de o Semelhante.
Esse texto da Julia tem esse poder, fazer o espectador pensar mais sobre si mesmo. Assistir essa peça é como participar de uma Psicanálise em que o próprio espectador é analista e o analisado, dá para imaginar? Se você assistir a peça, de repente entenda o que estou dizendo. Todos os personagens apresentam um desejo em comum, a vontade de mudar. O desejo de sair de um determinado lugar para ocupar outro.
Com isso, um dos personagens da peça pensa em se mudar para a Estônia, pois acredita que lá as pessoas são mais felizes. A Estônia é usada como uma metáfora para exemplificar o desejo de mudança de um dos personagens da peça. Mas poderia ser qualquer outro lugar, até mesmo a casa de um estranho. Em Os Estonianos Julia conseguiu levar ao teatro a falta que todo mundo sente e não sabe porque sente.É possível enxergar isso no palco. Esse texto da Julia cumpre uma função que considero essencial para um bom teatro: ele faz o espectador acreditar que se quiser, ele mesmo pode ser um agente transformador de sua própria vida.
Todo o questionamento que Julia propõe é levado ao palco pela Cia Casa de Jorge composta pelos atores: Ana Baird; Ana Kutner; Thais Thedesco; Pedro Henrique Monteiro e Jorge Caetano, que também dirige o espetáculo. É preciso destacar as pausas em cena. Elas transmitem tranqüilidade ao espectador além de facilitar a compreensão do texto. É praticamente impossível sair do espetáculo sem pelo menos achar que já encontrou a resposta para a milenar pergunta: Qual é o sentido da vida ?


Os Estonianos
Teatro Maria Clara Machado/Planetário da Gávea :
Rua Padre Leonel Franca, nº 240. Gávea - Rio de Janeiro - RJ.
Tel.: 21 2274.7722. Lotação: 124 lugares.
Horário: 21h
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (idosos e estudantes)
Temporada: sexta às 21h, sabado às 21h e domingo às 20h até 23 de novembro.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

CRÍTICA O GLOBO


CRÍTICA OS ESTONIANOS TRIBUNA BIS

PIANÍSSIMO


PIANÍSSIMO

PIANISSIMO, de Tim Rescala. Pianíssimo conta a história de uma menina ( Drica Moraes), reprimida por uma professora durona ( Malu Valle), que descobre o prazer da música com a ajuda de um piano falante ( Jorge Caetano). Direção de Karen Accioly. Com Doriana Mendes, Felipe Rocha e Karen Accioli.